quinta-feira, 17 de abril de 2014

Facebook oferecerá serviços financeiros com moeda virtual própria

Facebook prepara lançamento de uma moeda virtual própria. Dinheiro eletrônico possibilitará transações entre os usuários e empresas na rede social. Serviço financeiro iniciará na Europa e pretende conquistar mercado em países emergentes.

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Facebook além de uma rede social está preparando-se para se tornar uma instituição "e-money". Projeto desenvolvido pela empresa de Zuckerberg pretende prestar serviços financeiros com moeda própria propiciando remessas e transações financeiras entre os usuários da rede social.

O Facebook aguarda obter uma aprovação regulamentar do Banco Central da Irlanda, possibilitando implantar um serviço que permite aos usuários da rede armazenar valores e realizar transações pela internet, utilizando uma moeda virtual a ser criada pela empresa.

Além do Banco Central da Irlanda que permitiria que o "e-dinheiro" fosse transacionado por toda a Europa, o Facebook discute possíveis parcerias com três start-ups inglesas que oferecem serviços de transferência online de dinheiro, as empresas TransferWise, Moni Technologies e a Ázimo estão em negociação pra concretizar este projeto, segundo o Jornal Financial Times publicou em sua edição online.

Azimo recebeu uma proposta de U$ 10 milhões do Facebook para designar um de seus co-fundadores como diretor de desenvolvimento do projeto financeiro do Facebook, segundo rumores. O Facebook divulgou uma nota no site The Next Web  dizendo que a empresa não irá comentar "rumores e especulações".

O serviço de remessas dos migrantes para seus países de origem é um serviço que tem como objetivo aumentar a presença da rede social em mercados emergentes. O Facebook quer se tornar além de uma rede social, mas um utilitário no mundo do desenvolvimento, e as remessas financeiras seria uma porta de entrada para a inclusão financeira, segundo a reportagem.

Recentemente o Facebook alcançou mais de 100 milhões de usuários na India, seu maior mercado de atuação fora dos Estados Unidos. Não está claro que as pessoas vão confiar na rede social para lidar com seu dinheiro, dada  as preocupações sobre a mineração de dados pessoais pela rede para aumentar e direcionar as publicidades em seu site.

Facebook quer entrar em um grupo que inclui a China's Tecend, Alibaba e outros, na corrida em busca de transformar seus sites em plataformas de pagamento móvel. O Google está em processo para registrar uma moeda eletrônica no Reino Unido, semelhante ao sistema que o Facebook busca na Irlanda. Para obter uma autorização para movimentar o e-dinheiro o Banco Central Irlandês exigiu que o Facebook mantenha um fundo de capital no valor de €350.000,00 e separar os fundos equivalentes á quantidade de dinheiro que tenha emitido.

Riscos segundo o Banco Central do Brasil

O Banco Central do Brasil divulgou uma nota em esclarecendo, inicialmente, que as chamadas moedas virtuais não se confundem com a “moeda eletrônica” de que tratam a Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, e sua regulamentação infralegal. Moedas eletrônicas, conforme disciplinadas por esses atos normativos, são recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento denominada em moeda nacional. Por sua vez, as chamadas moedas virtuais possuem forma própria de denominação, ou seja, são denominadas em unidade de conta distinta das moedas emitidas por governos soberanos, e não se caracterizam dispositivo ou sistema eletrônico para armazenamento em reais.

A utilização das chamadas moedas virtuais e a incidência, sobre elas, de normas aplicáveis aos sistemas financeiro e de pagamentos têm sido temas de debate internacional e de manifestações de autoridades monetárias e de outras autoridades públicas, com poucas conclusões até o momento.

As chamadas moedas virtuais não são emitidas nem garantidas por uma autoridade monetária. Algumas são emitidas e intermediadas por entidades não financeiras e outras não têm sequer uma entidade responsável por sua emissão. Em ambos os casos, as entidades e pessoas que emitem ou fazem a intermediação desses ativos virtuais não são reguladas nem supervisionadas por autoridades monetárias de qualquer país.

Com informações do Financial Times

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